Apesar das várias denúncias e luta por um transporte escolar seguro e eficiente, para transportar os alunos da Zona Rural para as escolas municipais, desenvolvida pelo SINDUPROM-PE e vários segmentos organizados da sociedade, não está sendo possível eliminar ou erradicar de vez esta chaga social que tem vitimado tantos alunos em nosso Estado e no País, ceifando vidas e causando seqüelas de sofrimentos nas famílias, que jamais cicatrizarão.
Desta vez, voltou a se repetir a tragédia no município de Santa Cruz da Baixa Verde, distante a 436 km do Recife, que já tinha registrado um acidente com este tipo de veiculo em abril de 2012, quando vários estudantes saíram acidentados com fraturas expostas, escoriações, pancadas na cabeça e ferimentos leves.
Só que desta vez, o acidente foi mais grave. No ultimo dia 14 de fevereiro de 2013, ao se deslocar de sua residência no Santana dos Guerras para a escola municipal do Distrito de Jatiúca, município de Santa Cruz da Baixa Verde, em um caminhão pau de arara, o estudante de 9 anos Marcos Vinícios, caiu do veiculo durante o trajeto que o levaria a escola. O estudante quebrou o pescoço na queda e ainda foi atropelado pelo pneu traseiro do caminhão, segundo informações coletadas pelo blog Farol de Noticias.
Durante o relato ao Blog, os pais disseram que o garoto adorava estudar e fazia questão de ficar pronto cedinho, para não perder o caminhão e correr o risco de ficar um dia sem folhear os livros. Ele, junto com a família, morava na zona rural de Santa Cruz da Baixa Verde, no sítio Santana dos Guerras. A morte do menino ceifou o sonho da família em vê-lo crescer e se tornar um profissional de sucesso. A Polícia Civil de Santa Cruz já abriu inquérito para apurar as causas do acidente.
É preciso uma ação mais enérgica para proibir este tipo de transporte escolar irregular, que só em Pernambuco vitimou com morte, três estudantes no ano passado e as estatísticas de óbitos e acidentados graves continuam a crescer. Por isso, o SINDUROM-PE buscará encaminhar dossiê ao Ministério Público Federal e Estadual, para por fim a esta mazela social que põe em risco a vida dos nossos alunos e professores, não oferecendo nenhum conforto e tranqüilidade aos que deles necessitam, para chegar as escolas publicas municipais em todo o nosso Estado.
