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maio 29 2016

Educação e liberdade andam de mãos dadas

Quem imaginou que a religião fosse, em vários momentos, direcionar a condução do processo educacional no Brasil? Hoje, é comum ver parlamentares nas diversas instâncias interferindo no que deve ou não ser feito em sala de aula.
 
Estariam os profissionais da educação limitados pelo poder daqueles que dizem acreditar num Deus de maneira privativa? Sim, porque o Deus de quem acredita que as bases do ensino devem seguir a padrões determinados por eles, assumem posturas exclusivistas de quem crê ou não, nos moldes conservadores, fundamentalistas e patriarcais de uma sociedade que ainda não se libertou das influências históricas de uma colônia de exploração.
 
Exploração presente nos que são escolhidos pelo povo para elaborar leis que assegurem que o processo educacional seja de fato, livre de amarras de preconceitos, de vertentes específicas no quesito religioso, mas que seja esclarecedor, libertador e crítico, como deve ser. Pensar nesses aspectos, nos remete de imediato a um dos maiores educadores mundiais e pernambucano, Paulo Freire, quando na década de 60, ele já defendia a hipótese de que os oprimidos só conseguirão desfazer o que lhes amarra, através da busca pelo saber, do esforço em ir atrás do conhecimento, que nos faz ser sujeitos sociais pensantes, o que implica necessariamente, num saber construído na perspectiva da amplitude do que existe em nossa sociedade. Qualquer aspecto que difere desse, é limitação de conhecimento, ou num linguajar mais forte, censura.

via Educação e liberdade andam de mãos dadas.