«

»

fev 16 2017

Professoras e professores serão os mais prejudicados na reforma da Previdência


Com o fim da aposentadoria especial, a proposta da reforma da Previdência prevê um aumento no período de contribuição de, no mínimo, 15 anos para os homens e 20 anos para mulheres.

O governo ilegítimo quer a todo custo aprovar a reforma da Previdência. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287 afetará trabalhadores e trabalhadoras e faz parte do pacote de maldades contra o povo. Com a perspectiva de ser votada ainda neste semestre, os professores serão os mais prejudicados, uma vez que perderão sua aposentadoria especial e contribuirão mais tempo para a Previdência Social.

Atualmente, a regra diz que, para se aposentar, os homens precisam ter 55 anos e contribuir durante 30 anos, e as mulheres devem ter 50 anos e contribuir com a Previdência por 25 anos. Com a aprovação da PEC 287, a aposentadoria especial seria extinta e a idade mínima para se aposentar seria de 65 para homens e mulheres. De acordo com o ministro da Casa Civil, a mudança na idade mínima para homens e mulheres é o pilar da reforma. Esse ponto seria inegociável para o governo ilegítimo.

Se a proposta for aprovada, os trabalhadores e trabalhadoras precisarão ter a idade mínima de 65 anos e reunir 49 anos de contribuição. Fazendo uma conta simples, percebe-se que para ter 49 anos de contribuição e 65 anos, os docentes precisariam começar a trabalhar com 16 anos para ter 100% da aposentadoria, idade na qual os jovens ainda estão terminando os seus estudos no Ensino Médio.

As mulheres com 45 anos ou mais e os homens com 50 anos ou mais entram na regra de transição e precisarão acrescentar ao seu tempo de contribuição 50% do período previsto. Sendo assim, um profissional com 45 anos vai contribuir mais 2,5 anos para se aposentar.

Quem não entrar na regra da transição precisará contribuir mais, trabalhar mais e se desgastar mais para gozar da sua merecida aposentadoria. Uma pessoa com menos de 45 anos de idade e 25 anos de contribuição, por exemplo, deveria trabalhar até completar 50 anos (mulher) e 55 anos (homens). Pela proposta, o trabalhador deverá trabalhar 24 anos para garantir os 49 anos de contribuição e 65 anos de idade mínima.

As mulheres – maioria em nossa categoria – serão as mais prejudicadas, pois, além de cumprir jornada dupla (muitas vezes tripla) de trabalho, perderão o direito conquistado de se aposentarem mais cedo que os homens.

Cada vez mais, o governo atua no sentido de causar o desmonte do Estado e fazer com que os direitos dos professores, professoras e do conjunto dos servidores públicos sejam violados. Quem luta pela educação de qualidade diz não à PEC 287.

Fonte: Professoras e professores serão os mais prejudicados na reforma da Previdência