“Desrespeitou a educação, aguente o rojão”. Com esta frase na boca e em faixas e cartazes, trabalhadoras/es da educação da rede pública estadual e dirigentes do Sinteal (executiva estadual e núcleos regionais) realizaram, na sexta-feira (17), um “protesto temático” – até com trio de forró “pé-de-serra” – em frente à sede da Vice-Governadoria do Estado de Alagoas, no bairro de Mangabeiras, que só não teve um “espectador”, o próprio vice-governador e também secretário de Estado da Educação, que se encontrava “em viagem”. No final da manifestação, um histórico e inovador ato de protesto foi realizado: a queima, na “Fogueira da Indignação” da categoria, de cartazes com protestos do tipo: “Não à opressão”, “Não aceitamos retaliação”, “Cadê o piso”, “Involução da educação”, “Abaixo chicote”, entre outros.
Fala da presidenta e “fogueira da indignação”
“Esta é a fogueira da indignação que fazemos em protesto a um governo que desrespeita aos educadores e educadoras e também a educação pública, que não implementa as políticas educacionais para nos valorizar. Estamos aqui queimando tudo o que nos oprime, a falta de valorização, a falta de condições de trabalho, a não implementação da progressão e tantas outras mazelas. Aqui estamos dizendo não à postura ditatorial do governo do estado em relação à educação pública e seus servidores, governo que não tem compromisso verdadeiros, mas apenas em discursos eleitoreiros e eleitorais”, disse a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia. Em seguida à sua fala, as/os manifestantes diziam uma palavra de ordem e queimavam um cartaz de protesto na “fogueira da indignação” da educação.
Assembleia
O ato de protesto de hoje foi aprovado no final da assembleia da categoria, realizada no início da manhã, na sede do Sinteal, quando, mais uma vez, as/os trabalhadoras/es receberam informações dando conta do descaso do governo em relação às reivindicações da classe.
“Aguente o rojão”
Com direito a trio de “forró pé-de-serra”, instalação de tenda em frente à sede da Vice-Governadoria e muitas faixas, cartazes e falas de protesto contra o descaso do governo estadual contra a educação, as/os trabalhadoras/es prometeram continuar na luta em defesa dos seus direitos. “Desrespeitou a educação, aguente o rojão”: era esta a disposição da categoria estampada numa faixa colocada numa tenda no local do protesto.
Próxima assembleia
Na assembleia, as/os trabalhadoras/es já decidiram que a próxima assembleia geral será realizada no próximo dia 11 de julho (2ª feira), às 09h, na sede do Sinteal, logo após o recesso parlamentar.
Informes
No início da assembleia, Consuelo repassou informes sobre o andamento das negociações com o governo estadual, informando, para indignação da categoria, que o Executivo estadual, mais uma vez, cancelou uma audiência já marcada com o Sinteal, e, para piorar, não cumpriu o próprio prazo dado por ele mesmo (dia 09/05) da implantação das progressões (não tendo chegado nem mesmo a encaminhar os processos porque escolheu priorizar apenas a gratificação dos/as diretores/as de escola, exigindo que estes/as pressionem com corte de ponto a quem aderir à paralisação e à luta).
(SINTEAL, 17/06/2016)
