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jun 16 2016

BA: Rede municipal paralisa atividades para cobrar cumprimento da lei do piso

GEDC8056

Os profissionais da educação paralisaram atividades escolares e retornaram às ruas para reivindicar os direitos da categoria. Numa luta incessante pelo cumprimento integral da lei do piso, o grupo decidiu que permanecerá constantemente mobilizada para garantir o que, há nove anos, já é direito determinado na Legislação Federal, mas que a prefeitura municipal de Vitória da Conquista ainda não cumpre.

Esse foi o foco do movimento, que também tem como pauta a reformulação do plano de carreira para todos os Profissionais da Educação, revitalização das salas de leitura das escolas municipais e respeito aos professores readaptados.

Novamente, a sede da prefeitura municipal foi o ponto escolhido pela categoria para tratar das questões educacionais, afinal, é responsabilidade do executivo garantir uma educação de qualidade aos alunos, bem como condições dignas de trabalho para os profissionais do magistério. Durante toda a manhã, o grupo permaneceu na Praça Joaquim Correia, expondo os problemas e cobrando providências do prefeito, Guilherme Menezes.

Para o professor Saulo Leite, da Escola Municipal José Gomes de Novais, tal situação chega a ser constrangedora. “Eu acho interessante porque todas as vezes que fazemos uma análise da conjuntura política e histórica, a nível nacional, acerca da educação, a gente esbarra sempre nos mesmos problemas, no mesmo processo de sucateamento das instituições de ensino público, em todos os seus níveis. Eu acho indigno passarmos tantos anos discursando a mesma coisa. Às vezes, eu me sinto um pouco tristonho de participar das assembleias e movimentos e ver como o nosso discurso é o mesmo: acerca do plano de carreira e a valorização profissional. Isso não é somente inconstitucional, é antiético, imoral e fere demais a gente”, desabafou.

Para a presidente do SIMMP, Lourdes Mendes, a paralisação teve um resultado positivo, não somente pelo empenho da categoria, mas porque, após a divulgação do movimento, a prefeitura convocou o sindicato para iniciar o processo de discussão acerca da formatação da Atividade Complementar, conforme determina a lei.

“Hoje, mais uma vez, pudemos mostrar à comunidade as nossas reivindicações. Continuaremos mobilizados até que todas as negociações se esgotem e a gente consiga, ao final da nossa campanha salarial, ter formatado uma proposta para o cumprimento da AC, Carreira e na questão do reconhecimento dos monitores como membros do sindicato”, finalizou.

Caso as reivindicações da classe não sejam atendidas, certamente novas paralisações irão ocorrer.

(SIMMP, 16/06/2016)